quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Faz-se dia!

Nada como ter um título, como que a dar luz, um interruptor que se liga, um filamento que brilha, um néon que dá cor, etc... Tudo isto, desde que se tenha as contas com a EDP devidamente saldadas, ou que não seja Natal e estejamos na zona do Oeste.

Aliás, teve de vir um grande vendaval, para descobrimos que Portugal tem uma zona designada por "Oeste".
Algures entre Leiria e Lisboa, e entre Lourinhã e Santarém, temos o nosso "Oeste". Como é mesmo na zona centro do País, fica sempre relativamente perto de todos, o que é pena, porque assim ninguém lhe pode chamar "Far West".

Mas esta descoberta trás ainda outras complicações para bastantes Lisboetas. É que para muitos, tudo o que é acima de Alverca já é Norte. Há mesmo quem já considere Norte tudo o que está acima da 2ª Circular, ou seja, o Alvalade XXI, está quase coladinho às Antas.
Ora, como é que estas pessoas vão conseguir entender que o nosso "Oeste" fica no Norte?
Muito sistema irá 'crachar', ao pé disto, o 'bug' do milénio, é um pormenor. É toda uma região que fica com a sua rosa dos ventos torcida. Quem morar na linha de Cascais e desejar ir para Norte, o caminho mais directo, é ir em direcção ao Oeste.

Temo que a antiga rivalidade entre Norte e Sul, passará a ser agora entre Norte, Sul e Oeste. Corre já nos bastidores que o Oeste irá adoptar uma adaptação de uma música do Max como hino.
Título: "Deu o Vento na Cooperativa".
Eis uma fuga de uma amostra da letra:

"Deu o vento na cooperativa,
deu o vento na cooperativa,
arrancou todo o telhado,
OESTE'ão linda."

Claro que toda esta aparente desorientação reflecte-se nas pessoas. Logo a começar pelos elementos do governo. Isso está bem patente na elaboração do mais recente Orçamento de Estado. O que o país precisa? Reduzir défice e dívida externa. Qual o rumo escolhido? Deixar tudo mais ao menos na mesma.
E porquê? Obviamente porque falta clarificação dos pontos cardeais. Aliás, depois da aprovação da lei do casamento homossexual, os cardeais ficaram contra o governo, pelo que agora, na melhor das hipóteses, a rosa dos ventos do PS, apenas terá pontos negros.
Já agora, a laranja dos ventos do PSD, também parece não andar bem. Parece que perdeu o Norte.

Voltando ao assunto do Orçamento de Estado, este ano, tal como tem sido ao longo dos tempos, continua a discriminar grotescamente os habitantes de Angra do Heroísmo.
Pergunto: Quando os deixaremos de tratar como Portugueses de Terceira?
Afinal, o Sol quando nasce, nasce para todos (embora com uma hora de atraso).

Bem, vou às compras ao Pingo Doce. Aquela Caixa 3 põe-me a Leste.

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