terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

? A Problemática do Problema !

De certeza que já vos aconteceu.
Param, olham, escutam e pensam: "Porque raio parei, olhei e escutei?"
A vida tem disto, ora sim, ora não. No caso da mulheres, acresce o talvez sim quase não, depende se faz sol e se o verde hoje lhe parece mais ecológico.

Foquemos-nos agora no problema. Quantas vezes ao prepararem-se para acordar pensaram: será que hoje vou conseguir largar a cama e largar uma bela sequência sonora gasificada?

Uma flatulência ao acordar é sempre alegria. No dia mais frio de Inverno faz recordar os foguetes lançados na alvorada da festa lá na terrinha. O cheiro que se segue assemelha-se igualmente ao odor a enxofre queimado resultante do lançamento dos foguetes.
O dia começa ali, naquele momento. O peido matinal é o tiro de partida.
O peido é isento de imitações. Ninguém bombeia ar no ânus para dar um peido artificial (há quem bombeie nessa parte, mas não é ar que lá entra).

Nenhum ladrão rouba um peido a um inocente, quando muito leva-o a libertar tudo o que estiver presente na zona terminal do intestino grosso (por outras palavras, borrar-se todo).

Nunca houve necessidade de registar a patente do peido, porque por mais que os chineses o tentem imitar e fazê-lo mais barato, nunca conseguirão clonar o nosso peido.
O peido é isento de IVA, não é influenciado pelo défice e quando dado na fila para pagar a gasolina, até faz esquecer o preço dos combustíveis.

Quantos traques não terá dado Michael Jackson quando fazia força para fazer o moon walk?
Qual a qualidade das bufas dadas por James Brown quando cantava com toda a força "I Feel Good"?
Qual o rasgar dos "rufus" gerados por Louis Armstrong quando este soprava vigorosamente na sua trompete?
Qual a suavidade da flatulência do José Sócrates, quando o telemóvel dele toca e no visor aparece: "Angela Merkel"?

Agora estamos perante uma grande crise de valores gasosos.
Sim, estou a falar do facebook.
Na semana passada, vi o poder que as redes sociais tiveram no Egipto. E vi também um amigo meu que removeu o estado civil "casado" do mural.
Ou seja, o facebook permite acabar com qualquer ditadura. Permite também dar um toque, mas não permite dar um peido.

Há que inovar pá! Temos de poder deixar um peido num mural de um amigo e depois quem visitasse sentia o cheiro e deixava ou não o seu "like".

Talvez seja melhor criar uma nova rede. Tipo facebufa, ou mais literal, caradepeido. E então na informação pessoal, em vez de estado civil ou gostos musicais, teríamos estado do aparelho digestivo e gostos gastronómicos (feijoada, rojões...).


Não sei se já repararam, mas vejam:
- já temos um primeiro-ministro que 'esfinge' que governa;
- não temos figuras em perfil, mas temos várias com a face oculta;
- não temos pirâmides com 10.000 anos, mas temos com algumas semelhanças a Casa da Música que foi um investimento faraónico e temos múmias num Mausoléu na Rinchoa com mais de 7 anos.

E agora temos a rede social facebufa (ou caradepeito.pt). Temos tudo para fazer uma revolução.

Já tivemos a Revolução dos Cravos, desta vez será a Revolução dos Peidos. Será uma nova revolução e por isso uma nova fragrância. É certo que em 1974 meteram cravos no cano das armas, desta vez terão de meter o cano no... bem, depois logo se vê. Pode ser que o Castelo Branco queira ser o novo vendedor de 'cravos'.


Éh pá, fiquei tão entusiasmado com esta ideia, que ontem, Dia dos Namorados, cheguei juntinho da operadora da caixa 3 e disse-lhe assim com um ar bastante autoritário (para mostrar quem manda):
- Querida, já acabei de lavar a louça e passar a esfregona na cozinha. Agora acho que deveríamos aproveitar o dia de hoje e fazer uma revolução na nossa vida sexual!
Ao que ela com ar de submissa respondeu baixinho:
- Sim sim, isto de ditadura já tinha muito pouco...