quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ich liebe you a lot avec mon coração sem Aloe Vera


Faz por estas alturas um ano que este blog existe,
Um momento que por aqui comecei a escrever,
Hoje continua uma vontade que não desiste.
E há mesmo quem tenha por hábito aqui regressar e ler.
Muitas são as palhaçadas que se resumem ao palhaço,
Piada, oi? Onde estás?
Mas comer Belgas sem ir à Bélgica é como eu faço,
E se elas forem mesmo boas, pás pás pás.


Se aqui escrevo, alguma razão me empurra para tal,
Tal como em Portugal ainda há quem use suíças no rosto,
Terei pela força do sol uma grelhada costela de anormal,
Embora na Suiça também há quem recorra a portuguesas por gosto.

Se da Espanha nem bom tempo nem bom casamento,
Da Suiça, com um Rolex obterás o melhor tempo avulso.
Lá o tuga apetrecha o seu Honda com o melhor equipamento
Enquanto os nativos dedicam-se ao tunning de pulso.
Sim, estive na Suíça a ver canivetes e muitos chocolates,
Percorri grandes montanhas onde vi vacas à manada,
Lausanne e seu enorme lago preenchido de iates,
Onde até um peixe que não saiba esquiar finge que nada.

Mas a vida segue, está aí o Mundial onde sonhamos ser campeões.
E com ele veio a vuvuzela, esse instrumento democrático.
Cada português passou a poder tocar sem desabotoar botões,
E a soprar com todo o prazer num objecto tão fálico.
Vuvuzela poderia também ser uma localidade portuguesa,
Onde os habitantes poderiam exigir: "Vuvuzela a concelho!"
Ou sentir o Estado encerrar a maternidade de Vuvuzela com frieza,
E temer um violador de Vuvuzela que atacasse como um coelho.

O calor já chegou e confirma-se que estamos no Verão,
A operadora da caixa 3 chega mais tarde e deixa-me sem courato,
E sempre que me queixo que fico sozinho durante o serão,
Ela responde-me: "Se queres companhia, arranja um gato".

Estou a tratar disso...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Mas como consegue ficar tão longe!

É longe, é muito longe. Para lá de 69 Oceanos e uma Marina. Um barco por mais que navegue parece que nunca mais lá chega.
Tanto sal que tem esse mar e tanto Sol que apanho que me dá sede. Bebo por isso um copo de água.

Estou a falar de quê? Na maior unidade de distância. Aquela que só de pensar na possibilidade de a percorrer dá-me sede. Bebo por isso outro copo de água.
Jesus na última ceia, pegou no pão, e distribuiu pelos seus discípulos. Ora o pão dá sede. Bebo por isso mais um copo de água.

Depois também Jesus teve de beber um pouco de vinho para matar a sede. Eu estou a conduzir este teclado e não posso beber álcool. Por isso, para matar a sede bebo outro copo de água.
Jesus embora fosse filho de Deus, não tinha a sorte do pai, que como está em todo lado não precisa de comprar passe, não tem o stress das greves da Carris e muito menos tem problemas com os preços dos combustíveis. Por isso tinha de se deslocar pelo seu próprio pé, pois os transportes públicos eram um calvário. Deveria dar muita sede. Só por isso bebo agora mesmo mais um copo de água.

Mas levar a palavra a cada vez mais gente, exigia ir cada vez mais longe.
Um dia pressentiu que o iriam prender e decidiu tentar ir para longe. Para muito longe. Infelizmente, como estava muito cansado das pernas só conseguiu ir até ao Monte das Oliveiras. Porque nessa noite, onde ele queria mesmo chegar era ao Cú de Judas. Mas como já referi, é uma distância enorme.


Mas que sede. Preciso de beber mais. Apetece-me chegar a casa, sentar-me no sofá (do Rock in Rio) e dizer:
- Ohh minha operadora do coração, traz-me uma mini.
- Vai lá tu, o frigorífico não está assim tão distante.
- Anda lá! Traz uma com abertura fácil. Não quero com carica.
- Sim, pelos teus modos hoje não terás mesmo c(a)rica...