Bebé do Ano - Take 2

Ora aqui está um ano novinho em folha. 17 seguidores oficiais. Já só faltam 3.421.789 para ultrapassar o número de 'amigos' que o Cristiano Ronaldo tem no FaceBook.

Penso que... o Cristiano Ronaldo, começou com o número 17 na selecção das quinas. Bom sinal portanto.

Aliás, faz todo sentido chamar a selecção das quinas, este país está cada vez mais (en)quinado. À nossa frente, só mesmo a Grécia, algo que se viu bem no Euro2004.

Bem, hoje trago aqui um assunto importantíssimo. O Bebé do Ano.

Este assunto já foi abordado pelo Sr. João Pinto Costa no seu blogue, (Mail de um Louco, um blogue que me faz quase sentir no mundo das pessoas ditas normais), mas eu achei que deveria dar um contributo extra.

Pois bem, eu fui claramente o Bebé do Ano em 1976. A prova disso é o meu Cartão de Cidadão que diz: Portuguese Republic e Date of Birth 07/01/1976.

Ou seja, sou Português, pois só neste país é que é preciso tirar um curso de inglês (inglês técnico não é válido) para perceber devidamente o Bilhete de Identidade ou mais recentemente, o Cartão de Cidadão.

Sendo Portugal, dia de ano novo não se fazia registos de nascimento, o sistema estava sempre em baixo. Depois 1 de Janeiro de 1976 foi quinta, logo fez-se ponte dia 2. Dia 3 e 4 foi fim de semana, na segunda dia 5 estive a ensaiar para ir pedir os Reis à noite, dia 6 estava de ressaca e como tinha 5 dias úteis para ser registado, acabei por só o fazer no último dia do prazo (afinal, embora recém nascido, já era Português).

Sou portanto um dos mais autênticos Bebés do Ano Português, e tenho de admitir que o facto de ter nascido com saúde nesse dia me permitiu abrir muitas portas durante a minha existência. Excepto uma vez que fechei o carro com as chaves lá dentro. Aí tive de pedir ajuda.

Acho no entanto que há falta de apoios por parte do estado para os bebés do ano. Afinal somos pessoas que nascemos a meio de uma festa, depois do pessoal mandar as passas todas, sem ninguém guardar uma beata para um gajo poder mandar um bafozito, e assim se preparar para essa grande viagem que é a vida.

Mas pronto, no meu dia a dia não me queixo. Ainda nesta passagem de ano, à noite no quarto quando fiquei nu em frente da operadora da caixa 3, ela fez questão de relembrar:

- Incrível, os anos passam, mas uma determinada parte do teu corpo continua igualzinha à de um bebé... do ano!

Ao que eu respondi a cantar:

- Querida, nasci em Janeiro, é sempre assim o ano inteiro!