sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Igualdade de Direitos

Sinto hoje uma grande revolta dentro de mim. Detesto injustiças.
Fala-se dos direitos das mulheres, dos homossexuais, dos animais, mas ninguém quer saber dos direitos dos anónimos.
Ele é a Maria que quer um ordenado igual ao do Manuel, ou o Cláudio Ramos que também quer poder casar, ou mesmo a Lassie que não pode ficar num bidon.
Mas um anónimo nem a um nome tem direito.
Dirão vocês: É pá isso é estúpido, se é anónimo, não tem nome! É uma antítese!
E eu responderei que são uns atrasados, e posso provar:
-"Segredo de Justiça" - É algo que todos podemos saber e de justo nada tem.

Mas nem quero pensar mais nisso, que me dá uma enorme azia.
Recordam-se da história do post anterior? Pois é, o inspector de trenós mesmo manco casou com uma bela mulher. Mas como passava os dias inteiros a analisar a hidráulica aplicada a tubulações na suspensão dos trenós, a mulher passava muito tempo sozinha em casa. Nos poucos momentos com ela em casa, olhava para a mulher nua e via Darcy-Weisbach num seio e Colebrook-White no outro. Depois deitava-se com ela na cama e dizia:
- Vamos lá ver esse factor de atrito, já te mostro o comprimento do duto, e vemos já essa rugosidade...
Enfim, a esposa passou a receber lá em casa o vizinho do lado, que trabalhava num centro de desemprego em regime full time nas horas vagas. Eram tardes muito bem passadas.
Um dia, como não tinha mais trenós para inspeccionar, o marido veio mais cedo para casa, ainda antes da hora do vizinho fazer a sua visitinha habitual.
Como o vizinho não sabia que ele estava em casa, veio na mesma tomar o seu 'chá' com a vizinha. Chegou e tocou a campainha, já todo sorriso na cara.
Ora o inspector achou estranho estarem a tocar aquela hora, foi à porta e espreitou para ver se não seria publicidade, ou testemunhas da Casa Pia.
Do lado de fora, o vizinho apercebeu-se que parecia que alguém estava a espreitar por um buraquinho de vidro. Reparou que nunca tinha prestado atenção, que alguma portas tinham aquele dispositivo e pensou:
- Será isto um olho de boi?
E realmente era...

Foi sem dúvida uma grande invenção e que trás muita segurança. Aliás, há quem conte, que quando Jesus nasceu, José, para além da vaca e do burrinho na caverna, também tinha olho de boi. O que prova que era um bom carpinteiro.

Bem, sobre o facto de um anónimo ter direito a um nome, também eu vou já direito ao Pingo Doce.

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